A compreensão sensorial e analítica do ambiente é trabalhada ao longo de todo o Ensino Infantil e Ensino Fundamental I, indicados como essenciais na construção educacional estabelecida nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação e na Base Nacional Curricular. Apresentar novos conceitos de forma imersiva e esclarecer as motivações dos conteúdos aplicados, de forma resumida, simples, interativa, lúdica e transversal de lógicas já trabalhadas com os estudantes, pode auxiliar na construção de memória específica relacionada a um evento, facilitando a retomada ou continuidade dos conceitos e práticas aplicadas em sala de aula.

Sob essa premissa e amparada na educação ambiental crítica, a Sala Verde do Observatório aborda, em seu conteúdo programático, temas úteis à interpretação dos estudantes sobre a realidade em que vivem, que valorizam o contexto socioambiental do território e a bagagem vivencial de sua comunidade. Dessa forma, enriquece a formação escolar da rede pública municipal com elementos da educação não formal, constituída neste projeto sobre três pilares orientadores das etapas de implementação: percepção, análise e proposição.

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ETAPA 1: PERCEPÇÃO

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A abordagem inicial do projeto ocorre ainda na escola, em consonância com as atividades da Conferência Escolar para o Meio Ambiente. As dinâmicas de abertura têm o objetivo de introduzir a noção de percepção ambiental a partir da sensibilização artística e do estímulo aos cinco sentidos humanos (visão, olfato, paladar, audição e tato), projetados em elementos do cotidiano juquitibense. A valorização do patrimônio, cerne da Sala Verde do Observatório, é aplicada ao contexto do ambiente escolar em intervenções que promovem um legado artístico à escola.

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ETAPA 2: ANÁLISE

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A segunda parte propõe a aplicação da ideia de percepção ambiental, introduzida na etapa 1, diretamente no território, a partir do estudo do meio realizado na sede do Observatório do Turismo de Juquitiba. Neste momento, é apresentado um panorama da história do município e discutidos os diferentes efeitos e reflexos das intervenções antrópicas no ambiente natural, bem como a capacidade de transformação da paisagem, de forma negativa ou positiva, pela ação humana. Esta etapa é amparada pela visita ao minimuseu do Observatório e por dinâmicas realizadas em campo, incluindo a área no circuito de trilhas onde, no passado, existiu uma carvoaria e um cenário de acentuada degradação ambiental.

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ETAPA 3: PROPOSIÇÃO

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A última parte, realizada ainda no circuito de trilhas do Observatório do Turismo de Juquitiba, propõe a apropriação do patrimônio natural juquitibense pelas crianças, trabalhado sob três dimensões: água, biodiversidade e paisagem. Tal apropriação é estimulada por dinâmicas propositivas envolvendo elementos naturais da reserva de Mata Atlântica do Observatório, que permitem uma compreensão holística sobre a relevância ambiental de Juquitiba no contexto regional e nacional. Esta etapa insere os estudantes em uma reflexão sobre a importância da valorização do patrimônio natural e cultural do município, incluindo o entendimento sobre alternativas de desenvolvimento local sustentável, principalmente o ecoturismo, que abarca atividades semelhantes àquelas realizadas pelos próprios estudantes no âmbito da Sala Verde do Observatório.

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A execução das três etapas conclui o ciclo do projeto, instrumentalizando os estudantes do 5º ano para a nova etapa da vida escolar, no Ensino Fundamental II, com uma conscientização ambiental alinhada às potencialidades de Juquitiba e um maior senso de pertencimento e cidadania no território.